Raízes
domingo, 16 de agosto de 2020
sexta-feira, 25 de maio de 2018
SOLITÁRIA: TÊNIAS
“ Solitária” é o nome popular que se dá à Tênia Solium,
verme originário do porco. Conforme informações de sites no Google – e eu
também afirmo por experiência própria – que muitas vezes ELA pode ser maior que
uma serpente. ( A idéia aqui não é de dar uma aula sobre o assunto, nem ativar
nojo no leitor, mas vale pincelar alguma
coisa): então, quando esse bicho alcança o homem, ele deposita seus ovos, que
podem entrar na corrente sanguínea, e daí alcançar até o cérebro, causando
estragos neurológicos irreversíveis.
Também existe a Tênia Saginata, originária do boi, e esta também
contamina o ser humano. Os antigos
diziam que ela era a causa de anemia, inchaços e o famoso “ amarelão”. Não sei
atualmente como o problema é tratado, mas no meu tempo a coisa era muito
complicada e constrangedora, porque tinha que ser extraída totalmente numa
situação humilhante. Vou resumir: Era mais ou menos assim: Para o infectado:
jejum absoluto por 24 horas. Depois, tomar água de coco da Bahia, e em seguida comer
a polpa toda da fruta. Também entrava no regime, uma dose de óleo de rícino, um
purgante detestável. Mas isso só estava começando a angústia. Então, quando
chegavam as horríveis cólicas abdominais, a pessoa ficava em posição de
defecar, até extrair o bicho por inteiro. Metros e metros! Uma aparência de
macarrão em gomos, grudados uns aos outros. E, enquanto a cabeça daquele
monstro também não fosse expelida,
continuava o flagelo e a humilhação. Isso porque, se a cabeça permanecesse
no intestino infestado, ela produziria seus gomos, crescendo rapidinho outra
vez na barriga do pobre ser, contaminando todo o corpo novamente.
Trazendo essa história triste e nojenta pros dias de hoje da
nossa nação, as comparações ficam inevitáveis e transparentes. Coitado do Brasil... Já há muito vem tomando
óleo de rícino, tendo cólicas horríveis e ficando em posição vexatória; esforçando-se
e se contorcendo de todo, mas nada faz com que se expila a cabeça do verme tão
nojento. Tá difícil... Nem dá pra suportar mais... E nem quase acreditar que
isso possa algum dia acontecer. Mesmo porque, ao que parece, hoje há “tênia”
com muito mais cabeças.
30 de março de 2.017.
terça-feira, 17 de abril de 2018
SALAMARGO.
“Tá com mau hálito... mostre a língua, vamos, mostre a
língua!” Era a voz imperiosa de mamãe para que lhe fizéssemos algo que em
qualquer outra situação seria inadmissível. “ Língua branca, língua suja...”.
Poderíamos esperar que naquele próximo final de semana o sal
amargo iria rolar. Mamãe nos preparava
essa “ maravilha “ bem da manhãzinha de algum domingo, quando ela não saía para
o trabalho na roça. Essa “ toadinha” que acontecia mais ou menos de quatro em
quatro meses era bem assim mesmo como passo a descrever agora: Ela se levantava
bem cedinho ( a gente ouvia ) e ia até a cozinha, voltando após alguns
minutinhos com três canequinhas cheias de
uma “ poção “. Fingíamos dormir. “
Meninas, acordem! Vamos cuidar da saúde desses estômagos.” “ É salamargo, mãe ?
“ alguma de nós lhe perguntava chorosa, embora já o soubéssemos. “ Mais ou menos, só
um pouquinho... mas é pro bem de vocês.”
Desde então, começava nosso calvário. Minha irmã mais velha
recusava beber, e aos gritos dizia: “ Não agüento! Vou vomitar! Não consigo!!!”
E mamãe de maneira firme sustentava: “
Consegue sim! Vamos, dê bom exemplo às suas irmãs!” Nesse momento, eu,
sem qualquer palavra, tomava coragem. Crescia tanto, que ao me sentar na cama,
parecia que minha cabeça iria tocar o telhado. “ Dá aqui o meu, mãe, que eu
bebo!” E enchendo o peito de ar para prender a respiração, concentrando todas
as minhas forças, eu ingeria de uma só vez aquele remédio salobre . “ Pronto,
mãe, bebi tudinho. Toma a caneca. “
“Tá vendo, Cléo ? Sua irmã caçula lhe dando lição... Não
fica com vergonha não ???”
Com isso, a irmã do “ meio “ ( entre a mais velha e a caçula
) tomava atitude, e mesmo em caretas,
tomava aquela coisa tão ruim... Tá vendo, Cléo ? A Raquel também já bebeu!“
Vamos, de uma vez! Cria coragem, filha! Não pense que vai escapar! Tem que
tomar! Tem que tomar!” Mamãe nesse momento, já falava quase que em gritos.
“ Preciso da chave, vou buscar a chave – falava minha irmã.”
“Nãnãnãnão! Deixe que eu vou.” , dizia mamãe, ainda com o
remédio da Cléo nas mãos. Ela bem sabia que se minha irmã chegasse até aquela
porta, ganharia o quintal, e daí seria quase impossível conseguir o que já era
tão difícil, tão complicado. Assim voltava com remédio numa mão, e a chave na
outra, e com olhos impacientes lhe dizia: “ Toma aqui a chave! Aperte-a bem
forte, e beba esse “ negócio “ Naquele momento, Cléo apertava a chave com força
nas mãos, mas, o remédio... que nada! E mamãe
espera que espera... E então surta. Nessa altura do campeonato, mamãe sabia que sem a cooperação de um grande aliado
seu, jamais faria com que minha irmã tomasse aquele remédio. Buscou o “ reio “.
Era um relho, trazido de algum lugar pelo Rex, um cachorrinho vira lata para
quem tínhamos dado acolhida há algum tempo. Aí então, a “ coisa engrossava”, e
de medo de apanhar, minha irmã ia sorvendo aquele sal amargo em goles
pequeninos, entre choros e murmurações . Era como se a gente sentisse aquilo
escorrendo devagar pelo seu esôfago. Não poderia vomitar.
Devolvia a caneca pra mamãe, com a metade do líquido ainda
sem beber. Uma negociaçãozinha aqui, outra ali, e mamãe pegava finalmente a vasilha,
dando-se por razoavelmente satisfeita. Agora, era só esperar o resultado do
purgante, sem o qual não poderíamos tomar nosso desjejum.
Por que estou escrevendo isso, nessas alturas da vida ( 65
primaveras minhas ) e da madrugada desta terça-feira, 17 de Abril, já de 2.018
? Explico: Estou de castigo e de prontidão, para a qualquer momento correr para
o “ trono” por conta de um preparo já em pleno andamento, para mais à tarde me
submeter a uma colonoscopia. O resultado vai dar para “ ótimo!”, pois eu tenho
Fé em Deus!” ( mesmo se fosse o contrário, eu não me apavoraria. ) Por ora fico
aqui. Bom sono, e boa madrugada para quem não precisa tomar purgante.
NB:
Antes de deixar caneta e papel de lado, tenho algo diferente dessa história toda acima.Algo muito
importante e digno de nota. Mesmo porque a vida não é feita só de purgantes.(
risos ) E graças a Deus por isso!
Quero registrar algo bom e doce, para fechar muito bem esta
página: Hoje, 17 de Abril de 2.018, é dia de aniversário de minha filha Amanda,
a caçula. Parabéns, filha, ( que nasceu em plena sexta-feira santa). Deus a
abençoe sempre, com tudo que de fato valha a pena: Paz, saúde, Alegria,
Esperança. E o mais importante de tudo: Salvação para toda sua casa! E muita
Sabedoria, e risos, e boas, belas histórias !!. Este é meu pedido a Deus, em
Nome de Jesus, para você, Amanda, bem como a você, Patrícia, que é a mais
velha. ( pena não ter a do meio... Não veio... )
No caso de minhas irmãs, a do meio é Raquel, que sempre foi,
é e será muito importante e querida. Minha irmã mais velha queridíssima também:
Cleópatra, que já está há muito tempo com Deus, e certamente já tem garantida a
companhia de nossa mãe Zuleika, e agora
felizes, sem o raio do purgante... ( risos novamente ).
Por parte de minhas filhas, fui presenteada com três netas:
a mais velha ( Laura ), a do meio ( Elisa ) e a caçula ( Marina ).
Que nossas histórias continuem a ser contadas, e, por favor,
queridas, contem só as bonitas ou engraçadas,
como a do “ Óleo de Fígado de Bacalhau, remédio só da mamãe” . Êta,
coisa boa! ( risos )Deus abençoe a todos!
“Histórias valem para ser vividas, absorvidas, declaradas. Isso
é parte do sentido de nossa existência por aqui. Felizes as pessoas que as têm
como tesouro de valor. Graças a Deus por cada uma delas! “
“Em tudo daí graças, porque esta é a Vontade de Deus em
Cristo Jesus para convosco. ......Examinai
tudo, e retende o que é Bom. A Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja
convosco.” 1ª Tessalonicenses, cap. 5: versículos: 18, 21 e 28. ( agora, já
12:56 horas de 17.04.2.018 )
Heloísa Helena Zachello.
sábado, 23 de dezembro de 2017
SALVAÇÃO! FELIZ NATAL!
(
Romanos 14: 17 )
São quase dois mil Natais, dos quais
quarenta e seis eu tenho já comemorado; Natais com a mesa bem pobre e Natais de
mesa farta. Lembro-me dos Natais do meu tempo de criança, onde o fogão à lenha cozinhava o macarrão, cuja embalagem
era em papel de listras azuis, que identificava a qualidade barata do produto,
como pobre também teria que ser o molho que o acompanharia. Para mim, isso
pouco importava. Teríamos macarronada, porque era Natal. Em minha inocência,
aquela data era especial, pois iríamos comer macarrão.
Papai noel já não me era nada simpático;
eu o tinha como a um vilão, pois nunca se lembrava de me trazer sequer uma
bala. Meu único par de sapatos, amanhecia do lado de fora de nossa casa,
molhado pelo orvalho da noite. Ao recolhê-lo, ainda o ensopava mais, com minhas lágrimas de
decepção, que se despediam assim daquela frustrada fantasia. Porém logo me recuperava, pois não
queria que a alegria daquele dia especial, fosse totalmente apagada pela
frustração do episódio da manhã. Coração e estômago batiam no mesmo compasso:
macarrão, macarrão!
Morávamos próximo a um riacho, e como é
praxe da natureza que se chova nos nossos
Natais, à noite ouvíamos o coaxar de um coral composto de rãs e sapos lá na
lagoa, como a cantar: “Macarrão, macarrão! Natal, Natal!”
Hoje, após tantos anos, lembro-me daqueles tempos. E posso ainda na minha
memória, ouvir aquele coral, agora com um tom e gosto de saudade, e onde uma
palavra muito importante também foi acrescida: “MACARRÃO! SALVAÇÃO! FELIZ
NATAL!
Com ou sem macarrão,
há
que se haver NATAL,
pois o que importa é: SALVAÇÃO!
F E L I Z V E R D A D E I R O N A TAL!
F E L I Z N A T A L C O M
J E S U S!
( escrito em Dezembro de 1.999.)
" E O Vervo se fez carne, e habitou entre nós. E vimos a Sua Glória, como a do Unigênito do Pai." ( hoje, já 23 de Dezembro de 2.017 ).
quarta-feira, 11 de outubro de 2017
CASO JESUS AINDA DEMORE A VOLTAR.
CASO JESUS AINDA DEMORE A VOLTAR.
Heloísa. 11.10.2017.
( 2ª carta de Pedro, 3: 9 )
Caros parentes e
amigos aqui presentes.
A face que
contemplam não sou mais eu neste instante.
Somente um corpo
inerte em sua roupa
Ornado por flores
artificiais, e nada mais...
Já vivi por aqui
tempo bastante
E cumpri meu
calendário itinerante
Sofri, cresci,
pequei, amei...
Usei dos recursos
que a vida me doou até o fim.
Sigo para o
Futuro, que já se faz Presente para mim!
As lágrimas
deixaram de ser o meu dilema
Idade para mim já
não é mais problema
Notícias ruins não me podem atingir mais
Deus me dá um
novo nome desde então!
Atravesso tranqüila
o rio Jordão!
Digo isso, e que
seja bem patente:
Estejam vigilantes
no que lhes é Presente,
Muito embora o
mundo os oprima,
O Senhor da Vida
lhes garante
Regozijo após tal
tempo desgastante
Estejam atentos!
Nosso Lar é mais acima!
Ainda que demore,
esperem, pois Cristo volta!
Vejam os sinais
de Sua vinda!
Orem, vigiem;
fiquem firmes na Promessa!
Leiam a Palavra,
pois o Tempo se apressa!
Tenham a Paz de
Cristo que os blinda!
Adorem a Deus,
amem ao próximo, eis a ordem dada!
Realizem a Obra
que lhes foi confiada!
Crises
gigantescas mundiais estamos enfrentando
O amor de muitos
já vemos se esfriando...
Não se conformem,
contudo, com o século presente!
Fé em Deus seja o
que lhes sustente!
Insistam na
oração e no fazer o Bem!
Ensinem aos seus
filhos tal prática também.
Marchem, ainda
que feridos!!! Vamos nos ver Além!
Heloísa. 11.10.2017.
sexta-feira, 16 de junho de 2017
VOCÊ NÃO É UMA ILHA
Valorize sua liberdade de
falar;
O seu direito de ir e vir,
tão importante!
Contudo, saiba que há limites
a respeitar;
Existem mais pessoas com você
nesse quadrante!
Nenhum homem pode se
considerar
Absoluto para fazer o que bem
quer, sem antes
Observar o bom mister:
É o seguinte: saber viver e
se solidarizar.
Um provérbio eis que me passa
pela mente:
“Mais se
prefere dois ouvidos surdos
A uma boca suja e indecente.”
Indivíduos há por todo o
universo!
Logo, há necessidade de se
ter limites nos
Hábitos que formamos, tão
diversos! Aprendamos
A boa maneira de estarmos
quites!
20/ 01/ 2.000
quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
TURBILHÃO
( Deuteronômio 15: 7 ao 11; Salmo 10: 12 ao
18;Provérbios 18: 23;
Provérbios
31: 8 e 9;Isaías 3: 14 e 15;Amós 4: 1; Amós 5: 10 e 11;
Daniel 4: 27;
Lucas 14: 13 e 14.)
O meu coração
é um turbilhão,
tamanha a ansiedade,
a necessidade
de lutar pelo pão.
A dura verdade
do desemprego cruel,
do vencido aluguel;
do maldito vício
de correr a beber
a cachaça barata
quando o medo aperta,
quando a fome reclama,
com a boca aberta...
Eu tremo na esquina
da grande avenida
numa triste sina
de sofrer na vida;
de driblar a morte,
sem nenhum suporte...
Essa “dama” forte
já me trouxe corte...
Não morri por sorte!
Sorte tão mesquinha!
Pobre vida minha...
Sem ter qualquer ego,
procuro por emprego,
que me é sempre negado.
Nesse horror diário,
não posso preencher
nenhum formulário...
O Natal é chegado...
pra mim nem valeu!
No comércio enfeitado,
defendendo uns trocados,
vejo um papai noel.
Eu tão magricela,
com a fome ao meu lado,
jamais terei chance
de ser fantasiado...
No chão, um cigarro
por alguém jogado,
vem logo à boca
deste tão renegado.
A bituca termina
em minhas unhas tão feias...
esta vã nicotina
já corrói minhas veias).
E assim vou vivendo,
com o bolso furado,
sem nenhuma esperança,
sem sequer um trocado;
e sem nenhuma crença;
sem qualquer direção.
Coração pela mão,
E a cara no chão...
O que é esperança?
Que significa alegria?
O que quer dizer mesmo:
“Direito à cidadania”,
se na hora do voto
sou um cidadão,
mas na vida, de fato,
eu sou confundido
e assim me dão trato
de vadio e
ladrão?
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