sábado, 18 de maio de 2013

ALEGRIA E LOUVOR EM COISAS SIMPLES.

Gênesis 1: 21 e 22;  Isaías 31:5; Isaías 12: 5e 6
     1º Coríntios 1: 27 e 28.
Diversos pássaros pousam nos galhos mortos do abacateiro.
Al í orquestram lindos gorjeios, saudando um novo dia.                     

Mas, por que não cantam no forte cajueiro
Em que folhas verdes inspiram só poesia?

Trinam eufóricos numa árvore seca... felizes...!
Um coral de lindas vozes; asas que se esbarram...
As pombas que arrulham, os sabiás, os bem-te-vis, os joões-de-barro...

Acordo sentindo-me tentada a compor esse encontro tão festeiro.
Louvam-te, ó Deus, lindamente no seco abacateiro.
Enquanto o sol ainda sonolento afugenta a neblina com seus densos raios,
Gorjeiam eles alto, pra acordar a vida: joaninhas, borboletas, papagaios...
Rejuvenescida e feliz eu me levanto e canto em meu tom;
Isto me faz sentir parte da vida:
A que Tu sonhaste e concluíste: “eis que tudo era muito bom.”     

Divago, pensando na manhã do oitavo dia:
Uma terra fresquinha, árvores todas vivas, plena harmonia...
Relembro Teu Afeto, sempre perfeito e renovado,
Ainda que tanto tempo já tenha se passado
Na história da humanidade, que teima mudar Teus Planos,
Teus Projetos, Tua Arte: a de criar e conservar
Em tempo ininterrupto, Tua Graça na alma desses humanos.

Mas, por que os pássaros cantam num abacateiro morto?
Insisto em pensar nisto, já que há tantas plantas verdes nesse horto...
Não seriam elas um palco mais propício à arte que se ouve e que se vê?
Há, certamente uma boa razão, um bom porquê...
Ah!... Pudesse eu desvendar esse mistério!...

Poderia viver melhor neste hemisfério;
Entender Os Teus Propósitos em minha vida;
Realizar o Bem, sem ter medida!
Escolher cantar, amar, compartilhar meus sonhos;
Guardar os restos bons do meu passado – que não são poucos!
Rasgar as páginas mofadas por fatos desastrosos e loucos.
Importa que assim eu faça, para que a cura venha de verdade
Na minha carne, minha mente, minha idade.
Aprender a entoar um novo cântico, e para isto,
alÇar um vôo livre, pousando nas secas vigas da sangrenta Cruz.
Âo fim entender que aquele que ora chamo de "velho abacateiro",
Ombreia com o Madeiro,a honra de ser palco da tua Glória, por Jesus.                                           
                                                                                           
                                                 Heloísa, 17.05.2.013.