sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A MULHER CANANÉIA

                               

Mateus 15: 21 em diante.

Quando a mulher cananéia
Chegou aos Pés de Jesus,
Sua expressão era feia;
Não tinha paz e nem luz...

Sabendo não merecer
Nenhum pedaço de pão,
Ousou a Ele pedir
Pra filha libertação.

Esperando por ela, estava
Jesus, de alguma maneira,
Pois revelar precisava,
A Fé daquela estrangeira.

Não foi nenhuma maldade,
Mesmo que isso pareça.
Ele quer sim, com Bondade
Que ninguém se desfaleça...

Pois veio à Terra salvar,
Curar e dar direção
A quem O venha aceitar;
quer seja judeu ou não!

Desde o princípio Ele era,
É hoje; e sempre será!
Feliz de quem Nele espera,
Pois esse sim, vencerá!!!
                                          19.09.2.014

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

SAI DA JANELA!

                                     
Prov. 24: 33 e 34; Efésios 5: 14 ao 16.

É de outono, esta manhã que já se vai.
A calçada está molhada e vazia.
Na sarjeta, um filete de água fria
de uma chuva manhosa, que por hora cai...

Um ruído calmo vem do meu telhado.
Vejo passar na rua um cão todo molhado,
parecendo não saber para onde vai.

Ai!...
Minha coluna está toda travada...
Sofro com as dores de tantas jornadas
passadas nas minhas muitas estações...
Ligo o rádio, e ouço só chiados...
Não quero a TV dos antigos seriados,
Por ela ser hoje tela de aberrações...

Desligo.
Penso no idoso, que já perdeu seu espelho;
penso no jovem que nunca sonha em ficar velho;
Penso na criança concebida na descrença
dos corpos vazios de um homem e mulher...

Lembro meus poemas nunca lidos...
Nos meus sonhos, nunca construídos,
sempre esperando por um “ quando der...”

O relógio bate em seu compasso certo.
Seu ruído é grande neste meu deserto
de contar o tempo, sem nunca viver...

De repente, uma voz no fundo d’alma
me desperta firme, apesar de calma:
_ Sai da janela! Há muito o que se fazer!
  

sábado, 6 de setembro de 2014

EU AQUI NO PLANETA TERRA

                                 

        “ Biografia em acróstico”

Eu cheguei no planeta num dois de janeiro
Um ano novinho se me abria inteiro.

A parteira talvez se chamasse Maria.
Que parto difícil !, -- mamãe me dizia.
Um mês muito quente; estação tão chuvosa...
Isso fez-me valer o perfil de chorosa...

Não soube de pai. Esse era ausente...
O direito à vida foi o meu bom presente.

Passei por perigos; entre espinhos e flores;
Levei muitas quedas; senti muitas dores.
A Vida, porém, me erguia do chão,
Ninando-me ao colo da Sã Provisão.
E assim eu cresci, por dentro e por fora,
Trazendo lições preciosas, que agora
Aqui me inspiram a compor os meus versos.

Talvez algum dia nasça um bom crítico humano,
Estando eu presente ou não neste plano;
Rastreie meus escritos e os leve a sério;
Restaure a poesia, preserve a memória.
Assim valerá repartir minha história!

                                                            Heloísa Helena = março/ 2011

“ Obrigada, Meu DEUS, pela oportunidade da Vida!!!